segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Perfil Duvidoso


Chamo-me alguém, filho dele e dela, nascido no interior de alguma cidadezinha. Algumas vezes o que parece, realmente é, basta olhar com certa precisão e neutralidade ou fazer a chamada análise do discurso.
Há algum tempo quando disse a algumas pessoas como eu as via, ganhei lágrimas, lamentos e uma confissão. O tempo mantém sua dinâmica e as coisas mudam, mas a essência fica, embora transformada. Nessa dinâmica ainda não te conheço, mas conheço as donas dos perfis indefinidos que sem muito critério organizo da seguinte forma:
- Observadora, de voz imperativa e calma estabelecida em frases curtas e pontuada;
- Expressiva, não esconde sentimentos nem emoções, a confiança é coisa preciosa;
- Maturidade no tom de voz, mas senso comum no conteúdo;
- Iniciativa e atitude, segmentação de prioridades, sincronia na comunicação;
- preocupada, amorosa, sofrimento aparente em vista de uma decepção;
- Visão definida, resistência a mudança e ao contraditório, busca resposta para suas inquietações;
- Gosta de viver o presente, inteligente, sabe o que quer, mas tem uma comunicação abaixo de sua média;
- Desinibida, gosta de momentos, se conhece, amizade não é um laço forte;
Caso seja parte integrante de alguma linha descrita, obrigado por compor o meu perfil duvidoso!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O sonho vampiresco!


Entrei na minha cama na tentativa de dormir,
 porém o sono relutante demorou a chegar,
mas não demorou muito e tive que partir.
Sonhei que era um vampiro!
E, as frases estavam fixas em minha mente:
- Não quero grito de esteira.
 Quero ouvir de você um suspiro,
um suspiro de prazer e alegria!
- Quero me alimenta do teu sangue quente,
e quando o mundo pedir calma,
quero tocar na inocência pura de sua alma
Não quero mais uma chegada solitária na madrugada
 Mas um olhar ardentemente brilhante de uma alma fascinada.
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

ASCENSÃO


Há dez anos, há mais ou menos dez anos não visito meus pais, isso depois que por mérito foi empregado nessa bagunça que chamam de Brasília. Aqui só passei a conhecer alguns de meus vizinhos depois que a família Rodrigues veio morar no meu prédio, a filha deles foi a responsável pela minha socialização entre uma elite de céticos, que contribuíram na minha ideologia de indiferença. Mas isso faz parte de outro contexto.

Sou uma pessoa indiferente com o mundo e suas peculiaridades. Quando minha avó morreu, fizeram um maior barulho porque não deu o ar de minha presença, e quando uma vez voltei àquela cidade fizeram questão de dizer que havia mudado e não conhecia mais as pessoas com quem convive, mas na verdade todos mudaram até mesmo o jardim dos meus pais, o qual estava sem flores e sem vida, de pensar que minha mãe tinha amor espontâneo pelas flores de nome feminino.

Ah! Tenho que terminar um relatório amanhã entro efetivamente em férias, vai ser minha chance de conhecer o Japão.

HOJE

        Depois de um dia pouco produtivo, pouco produtivo aos olhos dos politizados, sentei no sofá e pensei no supérfluo e nas redes de relações que são tramadas na nossa defasada sociedade. Entretanto cheguei à conclusão que apenas estava gastando energia em tentar sistematizar uma coisa que é própria do sistema.
       - Bom! Amanhã é um novo dia, (mal sabe ela que o dia foi infernal) os fatos seguem uma trajetória lógica. É como falam por aí “o caminho é você quem faz”, e o que eu tenho com isso? Nada. Na verdade a vida é encantadora, ela nos permite recomeçar sempre que possível. Ah! Chega de conversa vazia e sem sentido. Esqueça tudo que disse. Amanhã é um novo dia!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

"TUDO SE TRANSFORMA"

O eu cético diria: há controvérsias. Kkkkk!!! não sei quem inventou isso pra dizer que esta rindo! Ah as expressões! O que elas escondem? Pergunto a me mesmo (han, hein, sei!). Mas isso é outra história. Na verdade estou alimentando meus conteúdos, sem ser frio nem mecânico.
O que o cara mais social do mundo diria nesse momento?! Talvez: “faça a coisa certa, não preciso dizer que entendo do ser humano e suas emoções, do brilho dos seus olhos ao olhar um céu estrelado, dos seus segredos, o calor de sua respiração, a flor que cada um gosta de cultivar, as palavras que deixam vazios, o ser é um conteúdo conhecido e construído.” Ah inspiração! Agora eu só diria: - danem-se as probabilidades, sua inteligência me estimula, perto de você me sinto grande. Se as estrelas não se apagam, se sua presença me faz bem, quero ser irradiado pelo seu brilho e viver a reciprocidade em suas formas, contornos, razão e sentimento. Somos humanos e a realidade é construída a todo o momento.



terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma Ação?


Aqui quase tudo é fácil de dizer, mas com os pensamentos, as sensações acontecem um turbilhão de sentimentos dentro da gente, o ser humano tem essa coisa de se contradizer, apesar de querer crescer, trilhar um caminho às vezes fica difícil tomar decisões. Dam-se asas ao tempo e as metáforas. O tempo um grande culpado. As metáforas são belas impurezas na comunicação, mas isso é outra história e, a vida é uma realidade nem sempre boa e isso é fato, então por que não chutar o pé da barraca e ver os tomates se estatelarem no chão, os tomates estão caros e a sociedade impõe regras. Mas onde quero chegar com esse bra, bra, bra? Não sei ainda. Mas sei que há noites em que o céu está lindo e estrelado e outras não.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Diálogo


(...) Já falei demais sobre mim, então me fale um pouco sobre você, o que faz o que gosta de fazer...
- É eh bom se tem uma coisa que gosto de fazer é tomar o café da manhã, os almoços do dia e os jantares da noite, adoro um filé bem preparado daqueles que vem com uma leve gordura crocante do calor, direto no meu prato.
- Esperava que você me dissesse outra coisa, mas você se sente bem assim?
- Apesar do meu sobrepeso sou quase feliz, porém amanhã vou começar uma rigorosa dieta, isso depois da formatura de Drika, é claro. Espero te encontrar lá.
- Claro que estarei lá, preciso dar uma força a Drika. Agora me conte por que você não me ligou ontem?
- Ah! Como eu poderia esquecer!, Ontem foi dia de pizza e eu sair com a galera de sempre, quando estou com essa galera perco a noção do tempo e da conexão.
- Quem é a galera de sempre?
- Paulo, o cara que atrai as garotas; Alberto, o da grana; Jaqueline, que mantem o grupo; Adriana, nossa eterna Drika; Eduardo, o palhaço; Luísa, namorada do Alberto e eu, a pessoa que conhece os lugares de melhores sabores e perfumes.
- Então por isso você me trouxe aqui... Sabe nos vemos pouco em tão pouco tempo, sempre em horários de rotatividade, precisamos de mais tempo para construir uma historia mais sus-ten-tá-vel!
- Claro! Você tem razão, (…).


 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Decisões


Comodismo! Atitude! Expressões? Palavras soltas?

Não dá pra ficar reclamando do tédio,

quando na verdade o que se tem são poucas opções.

Na chuva de oportunidade fica difícil decidir, mas é necessário.

Fracassar é parte da aprendizagem, valoriza a conquista.

Na ausência de oportunidade também não é fácil tomar decisões, mas é preciso, afinal a todo o momento decidimos quem somos e o que queremos.



O que existe entre nós dois!!!


Existe algo que não consigo explicar, talvez uma palavra não dita, um pensamento não expressado, um olhar que diz tantas coisas, mas que causa confusão. Há algo de mistério no ar, é possível ignorar, é possível sentir. Tentar determinar alguma coisa nesse momento pode transformar o pensamento em pura especulação ou teoriza o sentimento.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Identidade


Queria ter uma ideia que não fosse mais um processo metodológico e efetivamente teórico, que me faz comum a todos os outros indivíduos, não que isso seja ruim, mas acaba me colocando no meio da multidão e, sobressair de um em um milhão é uma tarefa quase impossível. Não estruturo aqui a existência do sentimento certo e determinado, apenas rabisco o esboço prematuro de uma reação emocional qualquer, sem paradigmas, eloquências ou a defesa do status quo de nada. A verdade é que a razão simbólica do estado de espírito é expressa na coerência do que pensa não do que representa.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A música é meu remédio


  Quantas bibliografias poderiam fazer de mim! Dizer que sou sistematicamente previsível é fácil. Talvez seja uma cética que não externa suas verdadeiras emoções. Pretendo usar isso na minha próxima letra. Sou compositora, sou roqueira, falo que amo, mando se ferrar e sou feliz.
  Meu pai é militar minha mãe professora, disciplina nunca me faltou, mas no mundo onde vivo crio minhas regras. Se ontem falei que te amava, entro em contradição, porém não me jugue. Fruto das basbaquices que vir na televisão. Estou tensa e a música é meu remédio.
  Abro meus olhos, olho para o teto, alguém desliga o som ignorado pela minha reflexão e, me chama:
- Oh Fabiana! Fabiana!
- Ooi!
- Deram pause no Cenário Dois!
- Desligue as luzes e diz que Fabiana foi jogar gude na esquina.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Residência Universitária



Campus Universitário, Bosque das Laranjeiras - Prédio 16. Trata-se da nossa residência, minha e de mais alguns acadêmicos. Como a residência é formada por dois blocos, a princípio um seria para o público feminino e o outro masculino, mas uma vez aqui dentro criamos nossas próprias regras de convivência. Tudo é permitido desde que não incomode os vizinhos e colegas de quarto.

Em meio a agregados e residentes eu ocupo o apto 09, que também era ocupado pela Renata. - De pensar que aqueles louros cacheados já se misturam com minhas traças e dredes, mas Renata mudou de curso, universidade e estado. Dela só resta à saudade.

Quando cheguei à residência me deparei com a diversidade, pessoas com culturas e ideologias distintas permitindo um intercâmbio de experiência praticado no convívio. Ao meu grupo de maior articulação costumo dizer: - me considero uma pessoa convicta de meus ideais e não ligo para o que os outros pensam, dentro de um limite é claro, quando a questão é alcançar um objetivo ignoro as probabilidades e estatísticas desfavoráveis e acredito no meu potencial.

Na semana passada enquanto estava no jardim filosofando com alguns camaradas tidos como intelectuais, espantando algumas muriçocas com um pouco de fumaça de e de outro, Aline chega e me fala: “- É hora de fazemos uma nova reivindicação, não da para estudar, escrever projetos, participar da pesquisa ensino e extensão com comida limitada, somos residentes e não prisioneiros.”

Aline no semestre passado descobriu que estava grávida, o que certamente foi fruto das festas de final de semana promovidas no Bosque das Laranjeiras, se é que podemos chamar de festa um ambiente no qual não gostaria de se deparar com seus pais. - O pessoal aqui sabe como festejar o festejável e curtir o curtível. Resultado é que ela passou um mês em casa e depois voltou e disse que tinha se enganado. Mas isso é vida alheia, o que interessa agora é que ela tem razão, só precisamos nos mobilizar para conseguir um Restaurante Universitário que atenda nossa realidade (...).