quinta-feira, 6 de junho de 2013

ASCENSÃO


Há dez anos, há mais ou menos dez anos não visito meus pais, isso depois que por mérito foi empregado nessa bagunça que chamam de Brasília. Aqui só passei a conhecer alguns de meus vizinhos depois que a família Rodrigues veio morar no meu prédio, a filha deles foi a responsável pela minha socialização entre uma elite de céticos, que contribuíram na minha ideologia de indiferença. Mas isso faz parte de outro contexto.

Sou uma pessoa indiferente com o mundo e suas peculiaridades. Quando minha avó morreu, fizeram um maior barulho porque não deu o ar de minha presença, e quando uma vez voltei àquela cidade fizeram questão de dizer que havia mudado e não conhecia mais as pessoas com quem convive, mas na verdade todos mudaram até mesmo o jardim dos meus pais, o qual estava sem flores e sem vida, de pensar que minha mãe tinha amor espontâneo pelas flores de nome feminino.

Ah! Tenho que terminar um relatório amanhã entro efetivamente em férias, vai ser minha chance de conhecer o Japão.

HOJE

        Depois de um dia pouco produtivo, pouco produtivo aos olhos dos politizados, sentei no sofá e pensei no supérfluo e nas redes de relações que são tramadas na nossa defasada sociedade. Entretanto cheguei à conclusão que apenas estava gastando energia em tentar sistematizar uma coisa que é própria do sistema.
       - Bom! Amanhã é um novo dia, (mal sabe ela que o dia foi infernal) os fatos seguem uma trajetória lógica. É como falam por aí “o caminho é você quem faz”, e o que eu tenho com isso? Nada. Na verdade a vida é encantadora, ela nos permite recomeçar sempre que possível. Ah! Chega de conversa vazia e sem sentido. Esqueça tudo que disse. Amanhã é um novo dia!